A carne de avestruz é velha conhecida dos consumidores americanos, europeus e asiáticos. A chegada do produto por aqui agradará em cheio à turma da geração saúde. A carne dessa ave tem menos calorias do que a do boi, frango e porco. Mesmo sendo vermelha, em decorrência da alta concentração de ferro, apresenta taxas de gordura e colesterol inferiores às dos concorrentes.

Apesar das propaladas qualidades da carne do animal, seu preço ainda é proibitivo. Cada quilo de carne de avestruz custa aproximadamente R$ 60. O plantel nacional, estimado em 45 mil cabeças, ainda é pequeno para atender à eventual demanda. Atualmente as criações estão voltadas principalmente para o comércio de matrizes, ovos e filhotes.

A possibilidade de obter bons lucros tem levado muitos produtores a investirem na nova modalidade pecuária. Um hectare abriga muito mais aves do que de bois, para cada quilo de carne bovina produzida é possível se obter 8 quilos de carne de avestruz numa mesma área (veja quadro). Mas a criação de avestruzes demanda um bom investimento, além de toda infraestrutura para engorda e reprodução, o investidor precisará desembolsar de R$ 2.600 (animais com 10 meses) a R$ 4.000 (animais com 16 meses) para colocar apenas uma ave na sua nova criação.

Necessitando de pequenas áreas para a sua criação, o avestruz é uma ótima opção para pequenas propriedades. Dependendo de sua idade uma área de 2000m² comporta até 30 aves. A área para criar avestruz adulto é de 150 cabeças por alqueire (24.000 m²). O que determina a área para o avestruz, não é o pasto e sim o espaço para ele se locomover.

O Avestruz só perde em rusticidade para o camelo. Ele pode ficar até 8 dias sem beber água. Sua taxa de conversão alimentar é de 4 x 1 (come quatro quilos de capim e ração, para produzir 1 quilo de carne), enquanto a taxa do boi e de 25x1.
O Avestruz é um animal que come pouco. Atualmente criam-se avestruzes com ração e pasto. Existe no mercado rações próprias para ele, quanto ao pasto pode ser qualquer um: braquiarea, decumes, maramelada, tifton, etc.

Seu manejo é simples e não necessita de alto grau de investimento na qualificação da mão de obra. As técnicas de manejo são fáceis de serem transmitidas, há farta literatura a disposição dos futuros criadores, empresas oferecem cursos em vídeo e a internet também é uma boa opção. No Cadê (www.cade.com.br) são encontrados 63 links sobre o tema.

voltar